Engulo em seco a indecisão, a dúvida, a esperança, a vontade.
Apetecia-me pegar na puta do telemóvel e ligar-te, falar contigo, esclarecer estas merdas. Mas depois penso, secalhar é melhor não, afinal, que é que eu poderia dizer que fosse minimamente significativo? Mas também, o que é que poderá significar este meu silêncio? Falta de querer? Quero. Mas para isso é preciso duas pessoas, e tenho de lembrar-me, agia sempre pé atrás, o rapaz é que se quer tem de mostrar, e não insinuar, encher o peito e dizer tudo, sem jogos e sem esquemas, afinal isso não nos leva a lado nenhum. Prestes a desistir, não posso ser a única a querer. Sinto-me fraca, cansada. Mas no fundo, o caminho fácil nunca é o melhor. Se tiver de ser assim, que seja, agora brincar mais comigo? Chega. Eu amo-te mas amo-me mais a mim.
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