“Espero por ti porque acho que podes ser o homem da minha vida. E espero por ti porque sei esperar, porque nos genes ou na aprendizagem da sabedoria mais íntima e preciosa, há uma voz firme e incessante que me pede para esperar por ti."
Tentei, cansei, tentei, desisti.
De que me vale insistir ou manter a esperança de que deixes de fingir que esqueceste tudo, não me vale de nada, e garanto-te, a ti não vale mesmo de nada.
Preferes fingir que nunca existimos? RR? muito bem, é uma opção tua, só me faz cada vez arrepender de tudo o que fiz por ti e por nós, parece que fui a única a acreditar, e tu desististe, do nada, e eu sou o quê? rídiculo, nunca desconfiei de ti, e sempre tentei ser o mais adulta que podia nesta situação, mas cada vez que tento lá me deitas abaixo com qualquer coisa.
Eu não sou de ignorar, se sinto, digo, e não tenho medo de dizer, mas tu preferes armar-te em forte e fazer por ignorar, tenho saudades, não minto, mas depois das coisas horríveis que me disseste só me sinto cada vez mais fragilizada, mais insegura. De que me serve os gajos todos que não param de me chatear quando não é isso que quero? Bem queria fazer por te esquecer, mas não consigo, não dessa maneira, e quero evitar isso ao máximo, porque quando estiver com alguém, há-de ser por mim e não por ti. Quando estiver tu e todos vão saber que eu QUIS. Se essas mediocridades que andam por aí para ti te satisfazem, força. Enganei-me mais uma vez, para não variar, tomei-te por uma pessoa que não tens sido. E culpas-me a mim, dizes que estraguei tudo quando foste tu que deixaste de querer, dizes-me que gostas de mim depois já negas tudo, para quê? Queres enganar quem?
“Quando duas pessoas foram tão próximas como nós, e viveram essa proximidade de uma maneira única, aquilo a que tão raramente podemos chamar intimidade, há marcas que ficam para sempre na nossa memória, e até é ingénuo, tentar apagá-las.”
Hoje só eu sei o que me custou ver-te mal por causa dos teus pais, e se pudesse teria ajudado, mas nem me falas, ignorasme como se quisesses obrigarte a ti mesmo a esquecer-me, mas não é assim que funciona. Só me apetecia ter estado do teu lado a apoiar-te. Acabaste comigo por estares com problemas em casa, mudou alguma coisa? trouxe-te alguma paz de espírito? Não sentes a minha falta? Quando dormes, quando vais para a costa, quando regressas a casa? Mas eu já disse tudo, já pedi desculpas a quem tinha de pedir, a ti inclusivamente. Mas se não me dizes que ainda queres não posso fazer nada! Se não voltares a dizer-me que ainda gostas de mim, sem medos, o que é que esperas que eu faça? Sinto-me de mãos atadas, se não queres mesmo, ao menos fala comigo, e respeita-me. Não fui uma qualquer, de facto apareci numa fase má da tua vida como tu disseste, mas tu é que tens tornado essa fase pior, não te esqueças disso...
Antes tinhas-me do teu lado para tudo, agora meras pessoas descartáveis, hoje estão do teu lado, amanhã não, e mesmo que assim não o seja, completam-te? Sentes-te feliz assim?
A partir do momento em que seguir em frente, é porque não quero mais, embora o coração possa querer, obrigarei a cabeça a comandar as tropas. E a partir do momento em que seguires em frente, lamento mas irei por em causa tudo o que passamos, é impossível não o fazer quando dizias que era a pessoa de quem mais tinhas alguma vez gostado.
Espero que não te arrependas das tuas decisões. Porque agora, admito, preocupo-me. Amanhã pode já ser tudo diferente...
Pensa nisso. Em tempos, tua.
Agora, de mim mesma.
Só não sou tua porque não queres, o que é certo e já comprovei, é que há sempre alguém que queira. Resta-me querer de volta também.
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