Gostava que todas as relações pudessem ser feitas através de "preenchimento automático". Não nos daria outra escolha senão viver as situações que nos aparecessem diante dos olhos, diante do que nos faz ver, sentir, e sermos sentidas.
Odeio olhar para trás e arrepender-me de ter feito algumas coisas, e irrita-me o facto de me terem posto esse fardo, tamanha escolha que na altura não dei a devida atenção e que se veio a constatar crucial no desenrolar dos meus dias, assim como na evolução dos meus pensamentos.
Queria gostar e ficar na merda sem ter de me chatear com isso. Estar, mas não o sentir. Tudo automático. Hoje mau. Amanhã bom. E assim aprender e crescer como um ser que se limita a observar-se a si mesmo e a retirar todas as lições de moral sem ter de as vivenciar.
(Secalhar é um pensamento, digamos... um tanto ou quanto ridículo. Mas acho que seria uma boa solução para termos tempo para crescer, em vez de passarmos de experiência em experiência, sem termos noção do que aprendemos...)
Cansada de ouvir opiniões alheias como se quem as desse tivesse vidas perfeitas. CALEM-SE UM BOCADINHO, sim? É que se ainda fosse por preenchimento automático, ok. Agora quando sou eu quem faz as escolhas do que quero, deixem-me aprender com os erros, porque começo a achar que ao fim e ao cabo, não passam de uns invejosos ou de pessoas cobardes. Tão cobardes que até têm medo que os mais próximos deles cometam erros.
SIM POSSO ESTAR A COMETER UM ERRO, E DAÍ? como se vocês não cometessem os vossos...
Sim posso cometer um erro hoje e dois amanhã. Mas não deixam de ser os MEUS erros. E toda a gente precisa de um bocadinho de coisas más na vida para crescer. Visto que já fiz muita merda e já me fizeram a mim, posso considerar-me como uma pessoa sempre com alguma palavra sábia a dizer. Portanto, pouco barulho sff.
Isto tudo para dizer que gostava que todas as relações pudessem ser feitas através de "preenchimento automático"....
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