Vai. Foi.Seguiu...

"(...) Continuo a recorda-lo. Impossibilidade de o ter, impossibilitada mas não me perturba. Por vezes vou encontrando-o diante um mundo onde as imagens me parecem conotações umas com as outras. (...) Vejo-te da janela e fixo-te com interesse. Ele também mas passado um segundo perde-se apesar de continuar a olhá-lo. Esta figuração contínua repete-se a qualquer momento em que nos aproximamos no mesmo local. Mas assim que me afasto é como se tivesse abandonado uma vidraça deserta. Ou terá sempre sido?... (...) O desfocar da vista, certas expressões evasivas, certas insensibilidades, percebe-se que não somos capazes de nos localizarmos com clareza. (...) Continuo a segui-lo, por vezes... A princípio houve uma outra situação em que nos confundimos e fomos um só. Situações raríssimas, acrescento, breves clarões de consciência entre nós. Mas em menos de nada ela já se tinha perdido de mim e ia, a arrastar névoa. Vai sem ver, percebe-se..."

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